DEPILAÇÃO DOS GRANDES LÁBIOS
Arreganha – aranha!
O manto, negro
Véu de sua sanha,
Seus dentes,
Seus lábios latentes,
Arreganha,
Sua boca ardente
Afiado cílio
Que arranha.
Quando lambe, a lâmina,
Docemente -
Deslizando, secreta,
A carne proeminente,
- Essa montanha,
Arreganha – aranha!
Assanha a semente
Para que nela cresça
A língua,
Para que dessa
Íngua
Brotem licores
Quentes.
Estranha simetria
Essa sua cova esguia,
Cova de harpia – aranha!
Arreganha
A orquídea híbrida,
A rubra papoula.
Os tufos de pêlos
Juntam-se, novelos,
Ceifados – aranha!
A herança crioula
Revela-se moura
Onde a unha
É estranha.
Arreganha – aranha!
Beba do que lhe banha.
Lisa face rósea
Lisa carne teácea,
Desnudada barganha.
A navalha cega
Se rende
Se entrega
A sua façanha.
Arreganha – aranha!
A vulva-cela.
Revele de dentro dela
O seu poder,
A sua manha...
Arreganha – aranha!
O manto, negro
Véu de sua sanha,
Seus dentes,
Seus lábios latentes,
Arreganha,
Sua boca ardente
Afiado cílio
Que arranha.
Quando lambe, a lâmina,
Docemente -
Deslizando, secreta,
A carne proeminente,
- Essa montanha,
Arreganha – aranha!
Assanha a semente
Para que nela cresça
A língua,
Para que dessa
Íngua
Brotem licores
Quentes.
Estranha simetria
Essa sua cova esguia,
Cova de harpia – aranha!
Arreganha
A orquídea híbrida,
A rubra papoula.
Os tufos de pêlos
Juntam-se, novelos,
Ceifados – aranha!
A herança crioula
Revela-se moura
Onde a unha
É estranha.
Arreganha – aranha!
Beba do que lhe banha.
Lisa face rósea
Lisa carne teácea,
Desnudada barganha.
A navalha cega
Se rende
Se entrega
A sua façanha.
Arreganha – aranha!
A vulva-cela.
Revele de dentro dela
O seu poder,
A sua manha...
Um comentário:
foto linda, Agnaldo.
E...que conchita más desnuda, hombre!
Me fez lembrar um poema do Manoel de Barros:
de primeiro as coisas só davam aspecto
não davam idéias
A língua era incorporante...
Mulheres não tinham caminho de criança sair. Era só concha.
.........
ao vaso da mulher passou-se mais tarde a chamar, com lítera elegância, de urna consolata.
Só que se pôs a provocar incêndio a dois.
Vindo ao vulgar mais tarde àquele vaso, se deu o nome de cona.
Que afinal de contas, não passava de concha mesmo...
abraço grande!
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