Enfileiram-se espectros
No parapeito.
Um após outro, se atiram.
Há os que avoam
Junto dos que conspiram.
Nas calçadas
Plateia enfileirada.
Aplaude a cena,
Um a um; levitando, descendo...
Mais de uma dezena,
E se vão dissolvendo.
A turba se ri, que delira
À medida que as figuras desaparecem.
Gritam, festejam, comemoram;
No átimo seguinte esquecem.
E as figuras espectrais
Que prepararam o espetáculo
Para distrai-los
Saltaram em vão o obstáculo,
Saltaram para jamais,
Sem lágrima alguma para redimi-los.
[Dos: POEMAS RECÉM-NASCIDOS]
6 comentários:
Que coincidência, escrevi sobre espectro há mais ou menos uma hora, ainda não publiquei. Meu ponto é diferente do que vc alcança no poema aqui, de toda forma, o arrepio na espinha aumentou.
Beijo.
Bom dia Poeta. Sempre com maiúscula.
Fico pensando de onde vem a inspiração do espelho. Fico pensando nos seus mergulhos e versos.
Ora entendo todos e viajo junto. Ora leio e releio para encontrar os segredos da alma do pensador.
Bom dia Agnaldo, que enfeita o meu Blog com mensagens maravilhosas.
Lara,
Vou ficar atento para sua postagem; mesmo sendo diferente da minha, como você disse, vou observar seus espectros e apresentá-los aos meus. rsrsrs.
Super beijo.
Eliane, criaturinha delicada,
Fico lisonjeado com seus "P´s" maiúsculos e, como diria minha mãe: "quase não me aguento nas calças". Verdade, me deixa feliz que você me leia, mas mais ainda, que investigue, procure os sentidos pessoais naquilo que escrevo.
Vou te contar um segredo: boa parte das coisas tem capacidade de conter significados tão distintos - de acordo com quem as observa - que admito qualquer interpretação, visto que o conteúdo interno de quem lê dá outra dimensão aos versos.
...E os segredos aos quais você se refere, estão na sua alma, mais do que na minha.
Super beijo, agradecido.
Gui, vixi! Que coisa linda! Que coisa linda...
Crikolas de mi couraços,
Ah, que bom tê-la de volta... Você me alegra (mesmo longe, ingrata!!! rsrsrs)...
Super beijo.
Postar um comentário