SELVAGEM
Cru
Homem sem pele
Aprende com serpentes
A se reinventar
Manca
Pisa em falso
Hiena que perdeu para os leões
A luta
A comida
A perna
Insiste em rir
Come vespas
Imaginando mel
Beija ferrões
Pensando serem doces
Anda torto
Para o lado
Sonhando que o mundo
Esteja penso.
Belo
Feito um morcego
Pinta de negro
Asas de querubins
Para que negras sejam
Ele seja
E não morcego
Homem alado
Magnífico e mitológico
Objeto da própria arqueologia
De si o arqui-inimigo
Escava
Quanto mais fundo
Mais asa
Mais perigo.
2 comentários:
Isso!!!!
Quanto mais fundo, eu diria, mais dor, mais asas, mais perigo ... mais liberto!
Que bom te encontrar!!!
Nina Pullitas,
Saudades.
Enfim você por aqui. Estava fazendo falta...
Pois é, quando mais fundo...
Mais tudo [inclusive e principalmente perigo]. E quem foi que disse que o conhecimento protege? No caso, o auto-conhecimento é que expõe, faz cair as armaduras.
Volte!
Vou ficar te vigiando só para ver se não me esquece novamente.
Super beijo.
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