A PRIMEIRA ESTRELA
Debuta
A alva estrela
Nas coxas da tarde
Tatua
A mão macia
Sob o vestido corado
Lambe-a.
A tarde se arrepia,
Escu-ruboresce.
Dá-se
Deixa-se
Estrila entre os lençóis do horizonte
Tremeluz.
Envergonhada
Anoitece.
E a estrela tesa
Fêmea
Brilha sobre ela
Fêmea
Gemem
Via-lácteas.
De Chapecó-SC.
2 comentários:
sinais de vida, as estrelas, Agnaldo.
Tudo em slow neste poema, quase eternidade
Neuzza querida,
Esse poema foi quase um exercício. Depois de mais de 700km percorridos em um dia resolvi me dar ao luxo de ver a tarde adormecer, em uma cidade até então desconhecida.
Deu no que deu.
Super beijo.
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