O MESTRE DA MÚSICA
Há um filme chamado “O mestre da música”, e esse filme foi determinando em minha vida. Meu primeiro contato com a música clássica – mais precisamente com a ópera – aconteceu no dia em que o assisti. Era noite, nos confins do Mato Grosso do Sul. Um domingo triste.
Trata-se da história de um velho cantor que e precisa encontrar discípulos. Aceita uma aluna e resgata um ladrãozinho de rua, os quais passa a doutrinar. (O enredo é melhor visto do que narrado)...
Mas a música. Ah, a música. Essa fala comigo até hoje, mais de vinte anos depois. Um enigma que me persegue constantemente e sem resposta. Feitiço sem cura, do qual não me livrei nem quis.
Termina com um dueto da “Traviata” que me fez chorar. Chorar muito... Desliguei a televisão e fui para o alpendre, deitar numa rede que ficava de prontidão para quem a quisesse. Era noite, assim como noites tem sido os meus dias desde então (no que se relaciona ao tema).
Não entendia e ainda não entendo a razão de tamanha paixão. Devoção até. Eu era um menino, nascido e criado no sítio, entre vacas e galinhas e, de repente, fui tocado por um encantamento arrebatador... Não deveria gostar de ópera nem chorar por ela, mas o fiz. Eis o que sou a partir de então: estrangeiro em minha própria vida, um estranho em meu corpo, desconhecido completo, irremediável, sem cura e sem endereço fixo.
Há um filme chamado “O mestre da música”, e esse filme foi determinando em minha vida. Meu primeiro contato com a música clássica – mais precisamente com a ópera – aconteceu no dia em que o assisti. Era noite, nos confins do Mato Grosso do Sul. Um domingo triste.
Trata-se da história de um velho cantor que e precisa encontrar discípulos. Aceita uma aluna e resgata um ladrãozinho de rua, os quais passa a doutrinar. (O enredo é melhor visto do que narrado)...
Mas a música. Ah, a música. Essa fala comigo até hoje, mais de vinte anos depois. Um enigma que me persegue constantemente e sem resposta. Feitiço sem cura, do qual não me livrei nem quis.
Termina com um dueto da “Traviata” que me fez chorar. Chorar muito... Desliguei a televisão e fui para o alpendre, deitar numa rede que ficava de prontidão para quem a quisesse. Era noite, assim como noites tem sido os meus dias desde então (no que se relaciona ao tema).
Não entendia e ainda não entendo a razão de tamanha paixão. Devoção até. Eu era um menino, nascido e criado no sítio, entre vacas e galinhas e, de repente, fui tocado por um encantamento arrebatador... Não deveria gostar de ópera nem chorar por ela, mas o fiz. Eis o que sou a partir de então: estrangeiro em minha própria vida, um estranho em meu corpo, desconhecido completo, irremediável, sem cura e sem endereço fixo.
Um comentário:
Gui, que bonito isso! beijo
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